Uma das coisas que mais traz sofrimento psíquico para as pessoas é o medo de ser descoberto. Convenhamos, ninguém é perfeito. Se a nossa vida privada fosse aberta diante dos olhos curiosos de todos, como seríamos vistos? Como nossas hipocrisias seriam escancaradas? Se nosso histórico de buscas na janela anônima do navegador da internet fosse, de uma hora pra outra, público. Qual seria nossa reação?
A Bíblia diz que Deus tem “um perfeito conhecimento” (Jó 37:16). Ele sabe tudo (1 João 3:20), inclusive as nossas intenções mais secretas (Ecles. 12:14). Não há nada que pode ser escondido de Deus. E esse Deus onisciente haverá de julgar o mundo. Como dormir tranquilo sabendo disso?
Muitos carregam uma culpa tremenda ao conviverem com essa vida dupla: aos olhos dos outros um comportamento irrepreensível, mas na realidade do coração há pecados e vícios sendo arrastados por décadas. Muitas vezes parece que a única saída é continuar mentindo e mentindo, sobrevivendo até o dia do juízo final, sufocado e sem paz.
A maioria dessas pessoas sabe que existe a graça. Um dos meus versos preferidos da Bíblia, Isaías 55:1 diz “todos vós que tendes sede, vinde às águas, e vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e bebei”. Que promessa linda! Mas quantos ainda resistem em não acreditar que ela também é pra eles, mais uma vez? Querem restringir a Graça de Deus? Não é um disparate?
Meu amigo, não importa o que você tenha feito, nem quantas vezes tenha repetido, nem quantas vezes tenha mentido sobre isso. A Graça é grande demais para permitir que você siga culpado! “Ah, Dr. Bruno, mas eu não vou conseguir deixar meu pecado, não vou conseguir parar o que eu tenho feito. Já foram tantas quedas!”. Caro leitor deste blog, essa não deve ser uma preocupação no momento da justificação. Não importa nada seu ou em você. Deus não te amará mais de acordo com a sua obediência - não é assim que funciona. O que importa é simplesmente aceitar a salvação que Cristo te oferece, aceitar que “já nenhuma condenação há” por que você agora “está em Cristo” Rom. 8:1.
É claro que você não pode permanecer em pecado e que o julgamento de Deus é pelas obras, mas o processo de santificação é um outro momento. Não tente inverter a ordem natural das coisas, esse é um dos maiores enganos do inimigo. Primeiro justificação, depois santificação. Primeiro a libertação, depois a submissão. Primeiro a fé, depois as obras. O perdão é instantâneo, a transformação é progressiva.
Quantos não precisam desse perdão maravilhoso? Aceite-o, viva-o em sua realidade e intensidade e espalhe-o para todos os cantos do mundo!